Especialista em ortopedia e traumatologia, Rodrigo Nakao esteve na Coréia do Sul, onde aprendeu uma nova técnica de endoscopia na coluna, chamada de Biportal menos invasiva e mais segura para os pacientes
Uma nova técnica cirúrgica para tratamento de hérnia começa a se difundir no mundo, e também no Brasil. Menos invasiva e com a vantagem de proporcionar recuperação mais rápida, é indicada, principalmente, para pacientes de todas as idades e que têm o movimento das pernas já comprometido. O médico Rodrigo Nakao, especialista em ortopedia, traumatologia e patologias da coluna vertebral, com atuação no Imot, de Mogi das Cruzes, está capacitado para realizar o novo procedimento.
Nakao acaba de retornar da Coreia do Sul, país onde realizou curso, entre os dias 5 e 13 de julho, sobre a nova técnica, denominada Unilateral Biportal Endoscopy (UBE). Durante a capacitação de aprimoramento, na cidade coreana de Busan, Nakao teve a oportunidade de ter aulas com o criador deste procedimento, o médico Sang Kyu Son, no Good Moonhwa Hospital.
“Este é mais um grande avanço da medicina, que será possível colocar em prática no Brasil, e apresentar, também aos pacientes do Imot, como mais uma opção de tratamento, moderno e mais segurou”, destaca o especialista mogiano.
O novo procedimento tem a vantagem de possibilitar tratamento minimamente invasivo e de rápida recuperação e reabilitação do paciente. A técnica é indicada para os casos de hérnia de disco em que há compressão das raízes que dão origem ao nervo ciático e podem afetar o movimento das pernas. Pacientes idosos são os mais beneficiados.
“É uma técnica cirúrgica nova. São pouquíssimas pessoas no Brasil que estão fazendo, mas tudo leva a crer que ela deverá ser bastante difundida”, apontou o médico, que foi buscar pela atualização para oferecer que há de mais moderno em sua especialidade, que é a de coluna.
Ele explicou que a intervenção convencional para tratar hérnias de disco consiste em uma cirurgia para acessar a coluna vertebral e remover o material discal que causa a compressão nervosa. Mas, para isso, são necessárias incisões de 5 a 10 centímetros, que podem causar maior dano muscular ao paciente, risco de sangramento, mais chances de infecção e um maior tempo de hospitalização.
Já na nova técnica, são apenas duas pequenas incisões para inserir os instrumentos cirúrgicos e uma câmera endoscópica:
“Este procedimento permite uma recuperação mais rápida e menos dor na fase pós-operatória, além de preservar mais a musculatura e as estruturas ao redor da coluna”, detalhou Nakao, que pôde conferir, na prática, o passo a passo e os benefícios do novo procedimento ao lado de médicos de diversos países.
Rodrigo Nakao tem vasta experiência na área e especializações dentro e fora do país. É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Coluna.
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