A bancada do agro na câmara e no Senado, começa a mostrar resistência a respeito da concessão de R$ 350 milhões para compra de terras a fim de atender o Movimento dos Sem Terra.
A desconfiança é de que os recursos anunciados recentemente servirão para instrumentalizar o MST para possíveis invasões de propriedades produtivas do setor, especialmente, no Sudeste. O tema promete gerar muita polêmica quando for discutido.
Até agora, o cenário é de um consenso apenas para aprovação dos R$ 400 milhões destinados à compra de alimentos oriundos da agricultura familiar, mas não para a aquisição de terras em benefício do MST.
Além disso, há a preocupação do setor produtivo sobre novos impostos, ponto considerado inegociável pelos congressistas. Em jantar promovido pela Casa Parlamento, do grupo Esfera, na semana passada, o senador Otto Alencar (PSD-BA), vice-líder do governo, foi incisivo: “Não há espaço para aumento de cobrança de impostos de maneira nenhuma, em nenhum setor. E vou procurar encaminhar contra o aumento de imposto.”