O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá sancionar, a partir do dia 11, o Projeto de Lei nº 1.087/2025, aprovado no Congresso Nacional. A medida isenta do imposto de renda quem recebe até R$ 5 mil mensais e reduz as alíquotas para salários entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350. O projeto também aumenta a taxação de altas rendas, acima de R$ 600 mil anuais, para compensar as perdas com as isenções.
Analistas de diversos setores preveem que a lei terá potencial redistributivo, impulsionando o consumo, diminuindo o endividamento e impactando positivamente no crescimento da economia. Um economista estima um impulso de 0,15 a 0,2 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB). Cálculos indicam que a classe média poderá dispor de mais R$ 350 a R$ 550 mensais, em média.
Especialistas consideram que a medida pode levar a um aumento no consumo de serviços, um setor sensível à inflação, mas descartam um aumento vigoroso no preço dos alimentos. A diminuição da desigualdade econômica é vista como um efeito desejável, resgatando o princípio constitucional da tributação de acordo com a capacidade contributiva.
Um advogado tributarista avalia que a correção da tabela do Imposto de Renda é um passo importante para a justiça fiscal, mas defende medidas estruturais como a tributação de lucros e dividendos. Ele critica a isenção sobre o rendimento de capital dos mais ricos, enquanto o trabalhador paga Imposto de Renda sobre o salário.
Outro efeito esperado é que as famílias usem os recursos adicionais para o pagamento de dívidas. Uma pesquisa recente indicou que oito de cada dez famílias possuíam alguma dívida a vencer.
Analistas também preveem que a isenção do imposto de renda e o aumento da tributação sobre os mais ricos serão temas de debate na campanha eleitoral de 2026.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br





