Em uma noite de tradição e celebração, a cidade de Arujá realizou, nesta sexta-feira (26), o 1º Festival da Imigração Japonesa, um evento que reforçou os profundos laços culturais entre o Brasil e o Japão, trazendo um pouco do Oriente para a cidade. Organizado pela Prefeitura de Arujá, pela Secretaria Municipal de Cultura, o festival contou com um público aproximado de cerca de 500 pessoas e teve início às 18h com a abertura oficial feita pelas autoridades, seguida pela inauguração da exposição “A Imigração Japonesa e sua herança digital” no Museu Municipal “Umbelina Ferreira Barbosa”, na rua Major Benjamin Franco, Centro, além de uma série de atrações.
A abertura foi marcada por um cerimonial de homenagem à cultura nipônica, que contou com a presença do prefeito Luis Camargo, da primeira-dama Clau Camargo, do secretário municipal de Cultura Rogério da Padaria, da presidente da Câmara Professora Cris, dos vereadores Professor Danilo, Divinei da Silva, Marcos Koji (presidente da Associação Cultural de Arujá Kaikan), Kimiko e Mario Numada.
A rua do museu foi animada com a performance de cosplayers, o som poderoso dos tambores japoneses na apresentação de taiko do Yujo Taiko e Odori de Mogi das Cruzes, a disposição e graciosidade das mulheres da ginástica kenko taisso da Associação Cultural Kaikan, e uma homenagem brasileira com a aplaudida Fanfarra Municipal de Arujá. Para encerrar a noite com maestria, o cantor Ricardo Nakase subiu ao palco para um show de música tradicional japonesa (enka). A noite terminou com um gostinho de quero mais e o aroma dos tempurás e das delícias da gastronomia japonesa, comercializadas nas tendas locais.
A criançada também se divertiu tirando fotos com os personagens, conhecendo um pouco mais da história da imigração e interagindo com os painéis gamers projetados nas paredes.
O prefeito de Arujá, Luis Camargo, destacou a importância do evento para a cidade. “Hoje é um momento de festa na nossa cidade. A imigração japonesa é um marco importantíssimo na cultura, desenvolvimento e arte no Brasil. A gente sabe como a comunidade nikkei contribuiu para que nosso País fosse o que é. Temos que aprender, de verdade, cada dia mais com a comunidade nipônica, porque se tem, de fato, uma população resiliente, que sabe vencer obstáculos e barreiras é a japonesa”.
O prefeito ainda comentou: “A gente conhece a história do Japão, principalmente na época da Segunda Guerra, da bomba atômica, enfim, quem passou por aquilo e conseguiu se reerguer, a gente tem que se render à cultura e agradecer pela oportunidade de estar convivendo com a comunidade japonesa aqui em Arujá há tantos anos”.
Para o secretário municipal de Cultura, Rogério da Padaria, a importância dos japoneses em Arujá é indiscutível. “A cultura é uma ponte que conecta povos e gerações. Ao realizar o 1º Festival da Imigração Japonesa, abrimos um espaço para que a comunidade conheça e valorize as tradições nipônicas, desde a música e a dança até a sua influência tecnológica. É um evento que engrandece nosso calendário cultural”, declarou.
Marcos Koji, do Kaikan de Arujá, completou que foi motivo de felicidade a comemoração. “Os japoneses chegaram aqui cheios de sonhos e encontraram muitas dificuldades, mas com muita garra e perseverança conseguiram contribuir com o desenvolvimento da cidade. Hoje temos em Arujá, além do Kaikan, importantes entidades, como a Aflord, Perfect Liberty (PL), Nippon Club, entre outras. E os japoneses nos deixaram um grande legado de valores, como o respeito, capacidade de adaptação, resiliência, solidariedade e senso de fraternidade”, pontuou.
A presidente da Câmara Municipal, Professora Cris, festejou o encontro entre as culturas e a imigração japonesa e parabenizou a Prefeitura e a Secretaria de Cultura pelo evento. O vereador Robertinho também marcou presença no local.
Exposição “A Imigração Japonesa e Sua Herança Digital”
Um dos pontos altos da noite foi a inauguração da exposição “A Imigração Japonesa e Sua Herança Digital”, que comemora os 130 anos de amizade Japão-Brasil com foco na inovação e na cultura tecnológica e celebra ainda os 100 anos de imigração japonesa em Arujá. A mostra celebra o tratado de amizade, comércio e navegação entre os dois países, destacando a influência japonesa na tecnologia e no universo digital contemporâneo.
A exposição ficará aberta ao público até o dia 17 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h, no Museu Municipal Umbelina Ferreira Barbosa, localizado na Rua Major Benjamin Franco, 15, no centro de Arujá, e a entrada é gratuita.
Para mais informações sobre o acervo e a programação, acesse a conta oficial do museu no Instagram: @museu_municipal_aruja.