Novas diretrizes foram anunciadas em congresso e reforçam a prevenção; médico Roberto Secomandi, do Imot Care, detalha os impactos
A partir de agora, quem tem pressão arterial de 12 por 8 é considerado como pré-hipertenso. Isso porque novas diretrizes, chanceladas por três sociedades médicas, com novos parâmetros de classificação, foram divulgadas durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado neste mês, em São Paulo. O médico cardiologista do Imot de Mogi das Cruzes, Roberto Secomandi, participou do evento e explica a importância da reclassificação: reforçar a prevenção e evitar riscos de complicações como infarto, insuficiência renal e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
A mudança abre a discussão sobre estilo de vida, hábitos alimentares e a saúde mental do brasileiro. Secomandi integra a equipe do Imot Care e é membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), uma das entidades que colaboraram com o documento que estabeleceu as novas diretrizes da condição de pré-hipertensão. Com o novo patamar de 12 por 8, como destaca o cardiologista, uma boa parcela das pessoas que estavam fora do radar de risco passa agora a englobar o grupo considerado de atenção:
“A intenção, com esse novo patamar, é alcançar pessoas com risco maior de desenvolver a hipertensão e fazer o acompanhamento. Não de forma farmacológica (com uso de medicamentos), pelo contrário, a indicação é iniciar uma mudança no hábito de vida, como perda de peso, redução do uso do sal, começar a praticar atividade física e diminuir o álcool”, orienta.
Entretanto, Secomandi traz informações relevantes sobre o diagnóstico. O primeiro deles refere-se ao autodiagnóstico. Isso porque a aferição de pressão arterial deve ser feita por profissionais que disponham de equipamentos calibrados e façam a medição na postura correta.
Além disso, frente a questões de estresse, também é comum que o corpo reaja e tenha os chamados “picos de pressão”. Para isso, Secomandi explica:
“O corpo sempre vai reagir em uma situação de estresse. O que temos que ver é se é uma resposta fisiológica, hiper-reativa ou é uma pessoa hipertensa não diagnosticada. Esse é um dos motivos que sempre recomendamos o acompanhamento médico”, destaca.
Estudo
As novas diretrizes foram elaboradas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) e apresentadas no Congresso realizado entre os dias 18 e 20 de setembro em São Paulo.
Silenciosa, a hipertensão é responsável pela maioria dos casos de infartos e AVC no Brasil. A Sociedade Brasileira de Hipertensão estima que 27,9% dos adultos brasileiros convivam com a doença.
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