Os Estados Unidos revogaram tarifas de importação sobre uma variedade de produtos agrícolas, incluindo café, chá, frutas tropicais, cacau, especiarias, bananas, laranjas, tomates, carne bovina e certos fertilizantes. A medida, formalizada por meio de um decreto presidencial emitido na sexta-feira, visa aliviar as crescentes preocupações com os altos preços dos alimentos no país.
A decisão representa uma mudança significativa na política comercial, marcando um recuo em relação à postura anterior, na qual o governo defendia que as tarifas de importação não estavam contribuindo para a inflação. As novas isenções tarifárias têm efeito retroativo à quinta-feira.
Essa alteração surge após resultados eleitorais recentes em estados como Virgínia, Nova Jersey e Nova York, onde a acessibilidade econômica emergiu como uma questão central para os eleitores.
O decreto modifica o escopo das tarifas recíprocas inicialmente anunciadas em abril, quando foram impostas taxas a produtos importados de diversos países, incluindo uma tarifa de 10% sobre produtos brasileiros. Na mesma ocasião, foram anunciadas tarifas de 20% sobre a União Europeia, 34% sobre a China e 46% sobre o Vietnã. A porcentagem exata da redução das tarifas ainda não foi divulgada.
Ainda se analisa o impacto total da medida para o Brasil. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços informou que está avaliando a Ordem Executiva. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) busca esclarecimentos sobre se a Ordem Executiva se aplica à tarifa base de 10%, à tarifa adicional de 40% ou a ambas.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) saudou a decisão do governo norte-americano, ressaltando a importância da carne bovina brasileira para a segurança alimentar global.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br





