A virada cultural de São Paulo, evento tradicional para oferecer cultura a população de maneira gratuita, voltou a acontecer na capital paulista neste último final de semana (28/29), após dois anos de paralisação por conta da pandemia da Covid-19.
A edição de 2022 infelizmente não teve como destaque somente a apresentação dos vários artistas, que se dividiram nos palcos montados em diferentes locais da cidade.
A violência foi protagonista também da virada. Na região central da cidade, onde estava o palco principal, no Vale do Anhangabaú, bem como a área dos palcos das avenidas São João, Ipiranga e o viaduto do Chá, foram registrados diversos roubos, furtos, espancamentos, arrastões e também seis pessoas foram esfaqueadas.
Na maioria dos casos o alvo dos roubos e arrastões eram os aparelhos celulares do público que acompanhava o evento. Artistas que se apresentavam chegaram a interromper os shows diversas vezes por causa da violência.
Membros da cúpula da segurança pública informaram que o número de roubos registrados deve aumentar nos próximos dias, já que uma parte das vítimas só percebe o furto depois e outra prefere fazer o boletim de ocorrência pela internet.
Houve também denúncias de omissão e abuso cometidos pelos agentes de segurança durante o evento.
A Prefeitura de São Paulo, informou que a GCM reforçou o policiamento na região central da cidade por causa dos episódios ocorridos no vale do Anhangabaú. Em relação às queixas sobre a omissão e eventuais abusos dos agentes de segurança, a prefeitura disse que apurará as denúncias com rigor.
Já a Polícia Militar informou que até a manhã de domingo (29), não recebeu reclamações em relação a abusos ou irregularidades no trabalho de policiais militares que aturaram na ‘Virada Cultural’.
A PM informou ainda que disponibilizou 1.400 agentes para reforçar a segurança durante o evento, número menor ao de 2019, que contou na ocasião com 2.300 policiais.
A corporação justificou a diminuição do efetivo na expectativa de comparecimento no evento que seria de 3 milhões de pessoas a menos neste ano.