Um estudo recente aponta que o Brasil possui um grande potencial geológico para a exploração de minerais críticos, elementos essenciais para setores estratégicos como tecnologia, defesa e transição energética. Esses minerais, que incluem lítio, cobalto, níquel e terras raras, são fundamentais para a produção de baterias de veículos elétricos, turbinas eólicas, painéis solares e semicondutores.
O Brasil detém cerca de 10% das reservas mundiais desses minerais, de acordo com dados do Instituto Brasileiro da Mineração (Ibram). Apesar desse potencial, a atuação do país no comércio internacional nas últimas duas décadas tem sido considerada tímida, refletindo dificuldades internas na produção mineral.
A pesquisa, intitulada “Qual a importância do Brasil na cadeia global de minerais críticos da transição energética? Uma análise sobre reservas, produção, comércio exterior e investimentos”, indica que a expansão dos investimentos em capital físico e a retomada dos investimentos em pesquisa geológica nos últimos anos podem preparar o país para um ciclo de expansão da produção.
Os autores do estudo concluem que um novo ciclo de investimentos pode impulsionar a mineração brasileira a um novo patamar de competitividade. No entanto, ressaltam a importância de manter expectativas realistas sobre o impacto do setor na economia brasileira. A cadeia produtiva da mineração no Brasil, entre 2000 e 2019, variou entre 0,75% e 2% do Produto Interno Bruto (PIB), dependendo dos ciclos de expansão e retração das cotações das commodities minerais, com o minério de ferro representando a maior parte do setor.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br





