A atividade econômica brasileira demonstrou um declínio em setembro, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou uma diminuição de 0,2% em comparação com o mês anterior, considerando os ajustes sazonais. No acumulado do terceiro trimestre, entre julho e setembro, a queda atingiu 0,9%.
Em comparação com setembro do ano anterior, observou-se uma variação positiva de 4,9%, sem ajustes sazonais, devido à comparação entre meses idênticos. No acumulado do ano, o indicador apresentou um crescimento de 14,2%, enquanto nos últimos 12 meses, a alta foi de 13,5%.
O IBC-Br é utilizado como um termômetro da economia nacional, auxiliando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na tomada de decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 15% ao ano. O índice leva em consideração o desempenho de diversos setores, incluindo indústria, comércio, serviços, agropecuária, além do volume de impostos.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. A redução na conta de luz influenciou a queda da inflação oficial, que registrou 0,09% em outubro, o menor valor para o mês desde 1998, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação acumulada em 12 meses ficou em 4,68%, ligeiramente acima do teto da meta de inflação, que é de 4,5%.
Diante da desaceleração econômica e do recuo da inflação, a Selic foi mantida estável pela terceira vez consecutiva. No entanto, o Copom não descarta a possibilidade de aumentar os juros no futuro, caso julgue necessário. A taxa está no maior patamar desde julho de 2006.
O Banco Central comunicou que o cenário externo permanece incerto devido à situação econômica e política nos Estados Unidos, com impactos nas condições financeiras globais. No Brasil, a inflação ainda se mantém acima da meta, mesmo com a desaceleração da atividade econômica, o que sugere que os juros permanecerão elevados por um período prolongado.
O IBC-Br, divulgado mensalmente, possui metodologia diferente da utilizada para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB). O PIB é o indicador oficial da economia brasileira, divulgado pelo IBGE. O Banco Central ressalta que o IBC-Br auxilia na elaboração da estratégia da política monetária do país, mas não é uma prévia exata do PIB.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br





