quarta-feira, novembro 12, 2025
Publicidade
InícioEconomiaEmpresas Brasileiras Lentas na Adaptação à Reforma Tributária, Aponta Pesquisa

Empresas Brasileiras Lentas na Adaptação à Reforma Tributária, Aponta Pesquisa

A menos de três meses do início da implementação das primeiras obrigações da reforma tributária, uma pesquisa revela que a maioria das empresas brasileiras ainda não está pronta para as mudanças. De acordo com o levantamento, 72% das empresas de médio e grande porte no Brasil não se adaptaram aos novos processos de recolhimento e declaração de impostos sobre o consumo. A primeira fase da transição para o novo sistema tributário tem início previsto para 1º de janeiro.

O estudo, realizado com 355 empresas dos setores de varejo, indústria, construção civil, agronegócio e tecnologia, aponta que a maioria das empresas participantes (68,2%) está localizada na Região Sudeste.

Os dados mostram que 33,2% das empresas não discutiram internamente os impactos da reforma tributária, enquanto 38,6% apenas iniciaram um estudo preliminar. Apenas 28,1% das empresas consultadas afirmaram ter um plano estruturado para se adaptar ao novo sistema tributário.

Aprovada em 2023 e regulamentada este ano, a reforma tributária unifica tributos sobre o consumo, substituindo PIS, Cofins, ICMS e ISS pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

A implementação das mudanças começa de forma gradual em janeiro de 2026, com a cobrança de alíquota de teste de 0,9% para a CBS e 0,1% para o IBS. Em 2027, está prevista a extinção do PIS/Cofins e a elevação da CBS para uma alíquota de referência a ser definida pelo Ministério da Fazenda. A implementação completa da reforma tributária deve se estender até 2033.

O levantamento aponta que as maiores dificuldades estão relacionadas ao recebimento e à conferência de notas fiscais, que passam a ter cerca de 200 novos campos para se adequarem aos novos tributos. Empresas que não se adaptarem podem enfrentar bloqueios de faturamento e dificuldades para pagar fornecedores.

O relatório destaca que a maioria das empresas está focada na emissão das novas notas fiscais, mas não no processo de recebimento fiscal.

Quanto à adoção das duplicatas escriturais, 32,7% das empresas não iniciaram a adaptação a esse processo, 55,8% estão em fase de preparação e apenas 11,5% já o fazem de forma automatizada.

A pesquisa também indica que 47,9% das empresas operam com processos fiscais parcialmente estruturados, com pouca automação, e 13,1% ainda dependem de controles manuais. 38,9% afirmam ter sistemas integrados de gestão fiscal e conciliação eletrônica de notas.

Além disso, 67% das empresas entrevistadas não utilizam ferramentas específicas para validação automática de documentos fiscais, o que pode aumentar o risco de atrasos e inconsistências tributárias.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Publicidade
ARTIGOS RELACIONADOS
Publicidade

MÚSICA E ENTRETENIMENTO

ARTIGOS POPULARES