quinta-feira, novembro 6, 2025
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Gestão Caio Cunha derruba indicadores da Educação e Mogi das Cruzes-SP não atinge meta do Ideb

Principal prognóstico de qualidade da Educação no Brasil mostra que cidade regrediu no atual mandato

A gestão do prefeito de Mogi das Cruzes-SP, Caio Cunha (Podemos), candidato à reeleição nas eleições municipais de 2024, derrubou a qualidade da Educação na cidade nos últimos anos. É o que revela o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023 divulgado, há poucos dias, pelo Ministério da Educação (MEC). Mogi, segundo os dados, não atingiu a meta de 6,6 pontos – ficou em 6,3 – mesmo índice de 2021. E mais: houve retrocesso, já que a cidade tinha Ideb de 6,9 quando Cunha assumiu a Prefeitura.

O atraso fica claro na análise da linha do tempo dos indicadores da Educação básica de Mogi das Cruzes ao longo dos últimos anos. Na primeira avaliação da série histórica do Ideb, em 2007, quando a cidade estava sob o comando de Junji Abe (hoje, do MDB), o índice era de 4,8. Entre 2009 e 2015, durante dois mandatos de Marco Bertaiolli (na época, filiado ao PSD), o município saltou para 6,3.

Nos quatro anos seguintes, sob gestão de Marcus Melo (atualmente, no PL), a cidade subiu mais alguns décimos, chegando, por exemplo, ao índice de 6,9 em 2019 – última avaliação antes do início da gestão de Caio Cunha.

Em 2021, já no governo do atual mandatário, a Educação dava sinais de alerta: havia registrado índice inferior, de 6,3 – mesma pontuação de 2023, que é o levantamento divulgado recentemente. A queda entre o melhor Ideb da série histórica obtido pela cidade e o resultado mais atualizado é de 6 décimos e uma interrupção, nos últimos anos, no movimento de melhoria da qualidade do ensino dos mogianos.

Comparativo com Alto Tietê
Antes considerada referência no ensino da região, neste último levantamento do Ideb, Mogi das Cruzes aparece atrás de cidades como Guararema-SP (7,5), Salesópolis-SP (6,7) e Arujá-SP (6,4). Santa Isabel-SP também teve a mesma pontuação dos mogianos, com 6,3.

Os dados do Ideb referem-se aos anos iniciais (1º ao 5º ano) da rede municipal de ensino e são divulgados a cada dois anos. Portanto, dentro de um mandato, a gestão é avaliada duas vezes.

O Ideb abarca indicadores que são uma espécie de raio-X do patamar do ensino e são essenciais para a elaboração de políticas públicas que melhorem a qualidade da Educação. Os dados demonstram quais áreas são mais deficitárias e onde o investimento deve ser aplicado para o atendimento dos estudantes.

Para se chegar à pontuação, pesquisadores fazem o cruzamento de duas informações, numa escala que vai de 1 a 10. A primeira delas é a taxa de aprovação e o fluxo escolar. A outra diz respeito à nota do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), além de uma prova de Português e de Matemática submetida a alunos do 2º e do 5º ano do ensino fundamental.

Falta de segurança
Como se não bastassem os indicadores estagnados, a rede municipal de Educação mogiana enfrenta ainda problemas estruturais, como a falta de segurança de seu patrimônio material.

Na madrugada de 16/8 (sexta-feira), ladrões invadiram a garagem de ônibus da Secretaria Municipal de Educação de Mogi das Cruzes e levaram os módulos de injeção dos ônibus rodoviários e de mais quatro veículos do transporte escolar. Ao que tudo indica, as câmeras de segurança do local estavam desligadas.

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