Plano será acionado para reduzir efeitos da paralisação

“O Sindicato dos Metroviários vem tentando negociar com o governo desde o início do ano, inclusive com mediação do TRT [Tribunal Regional do Trabalho]. Além dos problemas de falta de funcionários e de investimentos, o governo deixou de pagar a Participação nos Resultados da categoria nos últimos três anos”, diz nota divulgada pelo sindicato.
Segundo a instituição, a categoria está disposta a negociar a qualquer momento para buscar um acordo. Os trabalhadores propuseram, como alternativa à greve, trabalhar normalmente, mas com as catracas abertas, ou seja, sem cobrança de passagem. “Se o governo concordar, os trabalhadores estão dispostos a protestar trabalhando com as catracas abertas para que a luta dos metroviários não cause transtorno à população”.
O Metrô informou que vai acionar um plano de contingência para minimizar os efeitos da paralisação, “possibilitando o funcionamento de trechos importantes do sistema. O Metrô lamenta a decisão do Sindicato de punir a população, paralisando o serviço essencial de transporte”, disse a companhia nas redes sociais.
A paralisação dos metroviários afeta a circulação das inhas 1-Azul, 2-verde, 3-Vermelha e 15- Prata. As cinco linhas de trens da CPTM funcionam normalmente, assim como as linhas 4-Amarela e 5-Lilás de metrô (administradas pela ViaQuatro e ViaMobilidade) e linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda (administradas pela ViaMobilidade).
Justiça aceita liberar catracas
O TRT indeferiu liminar, a pedido do Metrô, para fixar um quantitativo mínimo de funcionamento dos trens em caso de greve. Na decisão, foi acatada a liberação das catracas, método proposto pelo sindicato dos trabalhadores para afastar a possibilidade de danos à população.
“Segundo a juíza relatora da decisão, Eliane Aparecida da Silva Pedroso, dessa forma não ocorre diminuição da oferta dos serviços de transporte à comunidade, diferentemente do que foi proposto pelo sindicato patronal. Na opinião da magistrada, greve é um incômodo e tem o objetivo de mobilizar a sociedade em torno das exigências e necessidades de uma coletividade”, afirma comunicado do TRT.
*Com informações de Agência Brasil





